Neil Harbisson em sua série Sound Portraits pintou as cores dominantes de músicas: Fur Elisa de Beethoven (à esquerda) e Primavera de Vivaldi (à direita) |
Como vêem o mundo quem não sofre de acromatopsia (à esquerda) e quem sim, como Neil Harbisson (à direita). Foto de Gerry Hadden |
Enquanto nós percebemos as cores por tom e saturação através de um único canal, Neil percebe a cor em três canais diferentes: o tom é percebido como uma nota, a saturação como diferentes níveis de volume e a luz é percebida pelo seus próprios olhos. Enquanto nós percebemos os tons pela combinação dos canais vermelho, verde e azul, Neil tem 360 microtons sonoros para cada tom do círculo cromático, e desta maneira define exatamente a cor que está "vendo-ouvindo".
Além disso, sua maneira de entender as cores é diferente da nossa e não está carregada dos preconceitos culturais que temos em relação as mesmas, por exemplo, o vermelho, que para nós é uma cor intensa, bastante forte, normalmente associada à paixão ou à violência, tem uma frequência muito baixa, e para Neil é uma das cores mais tranquilizantes.
Neil aproveitou a sua particularidade para produzir arte, é um artista sonocromático para o qual "o som é cor e a cor é som". Pode fazer concertos nos quais em vez de tocar instrumentos, toca cores, conectando seu eyeborg à caixas de som ou ainda fazer exposições em espaços nos quais as cores são exibidas para serem escutadas.
Entre seus projetos artísticos estão: "Capital Colours of Europe", no qual tentou encontrar as cores das principais capitais da Europa, percorrendo mais de 50 países; "Colours Scores" (Partituras de cor), uma série de pinturas na qual transforma peças musicais em cor, e "Sound Portraits", em que cria retratos sonoros de pessoas das quais escutou as cores do rosto. Também colabora com a coreógrafa espanhola Moon Ribas na criação de espetáculos de dança e teatro, performances e happenings.
Harbisson também é o idealizador da Cyborg Foundation, uma instituição que tem o objetivo de ajudar as pessoas a converterem-se em cyborgs, ou seja, auxiliar os interessados no processo de incrementação dos sentidos mediante a incorporação de extensões cibernéticas em seus corpos. Para Neil Harbisson o "ciborgismo" é tanto um movimento social como artístico, e acredita que os criadores deviam implantar em si mesmos dispositivos com intenções artística, com a intenção de aguçar os sentidos.
O som de uma banana, um tomate, uvas, pimenta e alcachofra, por Neil Harbisson.
Além disso, sua maneira de entender as cores é diferente da nossa e não está carregada dos preconceitos culturais que temos em relação as mesmas, por exemplo, o vermelho, que para nós é uma cor intensa, bastante forte, normalmente associada à paixão ou à violência, tem uma frequência muito baixa, e para Neil é uma das cores mais tranquilizantes.
Neil aproveitou a sua particularidade para produzir arte, é um artista sonocromático para o qual "o som é cor e a cor é som". Pode fazer concertos nos quais em vez de tocar instrumentos, toca cores, conectando seu eyeborg à caixas de som ou ainda fazer exposições em espaços nos quais as cores são exibidas para serem escutadas.
Neil Harbisson e seu eyeborg |
Entre seus projetos artísticos estão: "Capital Colours of Europe", no qual tentou encontrar as cores das principais capitais da Europa, percorrendo mais de 50 países; "Colours Scores" (Partituras de cor), uma série de pinturas na qual transforma peças musicais em cor, e "Sound Portraits", em que cria retratos sonoros de pessoas das quais escutou as cores do rosto. Também colabora com a coreógrafa espanhola Moon Ribas na criação de espetáculos de dança e teatro, performances e happenings.
Série Capital Colours of Europa: Londres (esquerda), Lisboa (centro) e Madri (direita) |